1. |
Abolição
03:03
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Acorrentados estamos, presos sempre estivemos
Resistindo, corpos putrefatos,
Alma morta, renascendo
Nosso povo esquecido, oprimido e fuzilado!
Sobrevivendo ao ciclo da morte!
Irmãos e irmãs, humanos e não humanos!
Destroçados e aniquilados pelo Estado!
Corpos no chão, despedaçados.
Sempre estivemos presentes!
Senzalas, Chiapas, Sem Terras,
Negros, Índios e Pobres.
Industria da morte, do sangue nos abatedouros.
Morte dos terráqueos que habitam a terra!
Interligados e relacionados ao processo matador.
Planeta morto!
Senzalas, Chiapas, Sem Terras
Negros, Índios e Pobres,
Industria da morte, do sangue nos abatedouros
Morte dos "terráqueos" que habitam a terra!
Mercadorias que alimentam o ciclo da escravidão.
Correntes abertas, jaulas vazias
Terras ocupadas. Abolição!
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2. |
Santuario das Almas
03:16
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Santuário das Almas!
Somos corpos sem alma, guerreiros sem pátria,
espíritos das senzalas nutridos de rancor e mágoa
Ardem às feridas. Dobram-se os joelhos.
Vem a morte.... enfim a paz.
Assim tombaram os meus iguais
Eleva-se o inimigo, ergue-se o império
Deploram em meus ouvidos. Murmuram os espíritos.
Ainda sentem as correntes, facões, chicotadas, grilhões.
Necrópole dos sonhos, favelas, quilombos
Reencarnação da dor, morada da miséria
Labirinto das desgraças
Periferia...
Santuário das Almas!
Guardiões dos grandes montes...
Somos a reencarnação da dor
E o ódio é a luz que nos guia pelas sombras do esquecimento.
Rastejamos entre o descaso estatal e as correntes do capital.
Queremos ser e viver livres!
Pés fincados na terra, amor pela favela
Reduto das nossa esperança, lar de nossas fraquezas.
Santuário das Almas!
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3. |
Infaticídio
02:12
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Três da manhã, os cães saem das tocas
Encapuzados cumprirãosua parte do trato.Sua missão é Limpar a cidade.
O alvo, crianças que sujam as ruas
Para o estado são meros meliantes expondo a miséria do terceiro mundo.
Querem assim limpar a cidade do caos e da desordem.
financiados pelos donos do poder.
Quase trinta anos depois cabeças rolam perto de nós
Amigos de infância morreram ou se tornaram numeros em presídios.
Indigentes negros não são coincidências,
O poder de fogo destrói a periferia.
Amanheceu mais um dia, saio na rua e consigo ver.
Um irmão estirado, baleado e sangrando...
Mais um menino pobre que não teve nenhuma chance!
Crescemos vendo os corpos expostos...
Sem nenhuma chance a esperança morre.
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4. |
Sem Perdão
01:58
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Sistema apodrecido, olhares que nos condenam.
Corpos suados, uma espera de mil anos.
Acorrentados, descalços, não aguentamos mais!
Depósito humano, numeros esquecidos nos corredores do caos,carcere!
Tentamos gritar por justiça, mais aqui cravamos nossa própria sepultura.
Aguardamos nossa morte
Sentenciada no dia da chegada!
Lá fora meu erro foi o desespero.
Assim vivemos, nos rebelando.
Comida azeda, Penas vencidas.
Processos parados, abandonados
Não aguentamos mais.
Sem perdão, assim são os pobres!
Fora daqui somos lixo humano!
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5. |
Calvário
02:42
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Nossas mãos sangrão por vocês!Entregamos nossas vidas! Somos os folhos da terra abandonada! A escravidão é voluntária.
Apodrecemos a sua pátria!Erguemos os seus palácios, pavimentamos o seu chão, alimentamos o seu corpo, morremos em vão!
A tempestade de miséria sopra as sementes da pobresa para o sul.
Nós iluminamos as trevas da seca com a luz mórbida do seu inferno de pedras e máquinas.
Descalços, pisamos o solo rachado pelo calor.
Nos hidratamos com o barro da água escassa, nossa força emana da dor, ercória que você ignorou.
Nossas mulheres se entregam, nossos homens se vedem.
nossas crianças definham ou morrem no ventre.
Caminhamos sem destino, calvário nordentino!
Andarilhos do sol... guerreiros do norte.
Nossa pele é parda e o coração é forte.
Lavamos a humilhação com o nosso suor.
guardamos nossa cultura, trzemos a esperança!
Ainda sorrimos, ainda lutamos.
Seu império depende de nós, seu mondo é feito por nós!
E se da miséria nasce a guerra dela ecoará a nossa voz!
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6. |
Rosas Negras
02:35
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7. |
Morte dos Sonhos
02:14
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Roubos, sequestros e morte!
A nossa esperança nasce!
Os nossos sonhos morrem!
O demônio não nasce, é criado pelo descaso.
Ninguém o viu crescer, ninguém o viu viver.
Filho sem pai, sem estudo e sem chance.
Ódio que nutriu sua carne é agora o seu próprio sangue que escorre.
Ao pé da cruz a fortaleza cai... Lagrimas!
Chora a mãe o seu fracasso... Implora ela o seu descanso.
Vida pela qual lutou, filho que tanto sonhou...
É o seu anjo que o maquinário estatal executou.
Sombras de um sistema que nunca funcionou.
A esperança apodrece na miséria e as flores pardas ou negras são regadas a sangue, para a elite só restará os espinhos...
Roubos, sequestros e morte!
A nossa esperança nasce!
Os nossos sonhos morrem!
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8. |
Ocupação
01:48
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9. |
Tortura
01:58
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10. |
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Padece o homem pobre, desprovido... Esquecido! Somente carne,
apenas sangue, largado a esmo nos brancos corredores da morte!
Gritos não ouvidos, gemidos ignorados, lagrimas escorridas... Os
olhos foram fechados. O decrépito ser doente, antes um
trabalhador agora um inválido, inofensivo. Estéreos são seus
gritos por uma espera interminável. Aquele que explora já fará
sentenciado pelo impessoal soberano. Tática genocida praticada
contra nós, pobres e miseráveis. Desassistidos, afogados em um
oceano de desespero. Contemplamos nossa própria derrota. O
último traço de luz vital se desvanece a cada suspiro. Em meio a
escombros e sucatas de sombrios hospitais desequipados, o
enfraquecido corpo sucumbe. A doença a décadas controlada é para
nós incurável. Para nós não há médicos! Não existem máquinas! Não
há remédios! Não existe cura! "O impiedoso sistema nos massacra a
cada medida imposta pelo império. A elite quer lucro, o poder
público quer sangue. Se não podemos pagar, não mais precisamos
viver. Nós agiremos como um sopro de esperança no vale inerte da
apatia. Seremos fortes, nos, homens pobres, renasceremos!" Ossos
e carne diante do desespero! O esquecido ser inócuo se fará
renascer e pela próprias ações demolirá a muralha que o separa
do direito à vida. Trilhando a fúria e sangue o caminho que o
conduzirá a alvejada liberdade.
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